sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

E pensar que tem filho meu no mundo há anos e eu não sabia.

De vez em nunca dou uma busca do meu nome no Google para ver o que aparece. Sempre a mesma coisa: lista de formandos da faculdade, resultado de corrida de 10km entre outras baboseiras. Semana passada tive uma grata surpresa. Estava lá, pousado no google, o meu poema "O Pássaro e a Pedra", que foi premiado em terceiro lugar num concurso realizado pelo antigo Banco Nacional e participou do Concurso Nacional de Poesia do Rio de Janeiro. Descobri o poema postado corretamente no blog da professora Nádia Dantas (Agora que vem a surpresa da surpresa.) Ele foi retirado do livro que ela aplica em sua turma. (Português - Linguagens - 7º ano - de William Cereja e Thereza Magalhães, Ed. Atual.). Quase morri. Não satisfeita, fui direto na Saraiva para morrer de vez. Pedi o livro ao balconista e.... tchan-tchan-tchan! Não é que o poema estava lá mesmo? Ocupando duas páginas. Uma só com o texto e outra com exercícios. Fiquei tão emocionada que abracei o rapaz e falei: sabe esse poema? É meu! O balconista sorriu gentilmente, pediu licença, olhou por cima dos meus ombros e gritou: próximo!

A não-expectativa compensa muito mais.

Segunda-feira tinha a vistoria no carro. No domingo, fui num posto para trocar a luz do farol e o extintor de incêndio. Um rapaz simpático me atendeu. Expliquei a situação e que precisa trocar essas duas coisas. O rapaz perguntou se eu queria extintor com validade de 1 ano ou 5. Disse sim para a primeira opção. O atendente já não sorria mais tanto. Pediu para eu abrir o capô do carro e quando viu a dificuldade que era trocar a lâmpada do farol, chamou um outro rapaz, o Alê. Um moreno alto, cara de gente boa. O rapaz olhou o farol e disse. "Senhora eu vou trocar sim. Não vou tirar o farol do lugar porque tenho medo de quebrá-lo e a senhora vai fazer a vistoria amanhã, certo? Pensei: putz, o cara já falou pro outro que eu vou fazer vistoria. Vão me arrancar o couro. Mulher sozinha em posto de gasolina é prato feito para a picaretagem. O Alê ficou 30 minutos tentando de todas as maneiras trocar a luz do farol, até que conseguiu. Olhou meu extintor de incêndio e disse que ainda estava na garantia que não valia a pena trocá-lo. Pediu para ver o óleo. Estava uma gosma só. Disse que eu tinha que trocá-lo. Perguntou se estava na época da revisão do carro. Respondi que sim. Então o Alê falou que era melhor eu trocar o óleo por um baratinho, já que ia para a revisão um tempinho depois. Eu disse, ok. Quando ele abriu o recipiente do óleo viu que o filtro estava vazando. (Isso era mesmo verdade porque embaixo do carro ficava sempre uma pocinha de óleo.) Eu autorizei trocar o filtro, mas ele não quis. Disse que era melhor fazer isso na concessionária para eu ter o filtro original do carro. Perguntei a diferença. Ele disse que não havia, mas que era melhor para a concessionária não implicar com o outro filtro. Eu pensei: entre dar o dinheiro para a concessionária, prefiro ajudar essa rapaz. Decidi: Alê, por favor, troque o filtro. O Alê trocou. Depois disso, fomos encher o tanque. Enquanto isso, Alê calibrou meus pneus, inclusive o reserva. Depois, pegou esponja e água e lavou o vidro do carro. Ficou mais meia hora esfregando aquela sujeira toda. Parecia estar lustrando uma joia. Não satisfeito, lavou o carro inteiro enquanto seus colegas de trabalho conversavam e reclamavam do calor, Alê deixou meu carro brilhando. Fez isso sem eu ter pedido nada. Por puro amor e respeito ao seu trabalho. Conclusão: somei na minha cabeça quanto eu havia gasto, uns R$ 140,00. A gorjeta que havia separado não chegava a 5% do valor que eu iria pagar pelo serviço. Na hora de acertar a conta, paguei o posto com o cartão e dei a ele R$ 20,00. O Alê não acreditou. Recebeu a caixinha com um sorriso tão grande que mal cabia em seu rosto.

"Meu pai tem bunda, minha mãe tem bunda..."

Hoje não sei o que escrever no blog. Isso me lembra uma história do irmão do meu pai, meu Tio Mário, que acabou virando um bordão em nossa família. Meu tio hoje tem uns 60 anos, mas na época em que esse fato aconteceu, acho que ele tinha uns 7 anos. Eis que um dia minha avó Isbelta, mãe do Tio Mário, contrata um pintor para reformar o muro. Meu tio vendo aquele movimento, deixou as outras brincadeiras de lado e foi ver a grande aventura que era pintar um muro. Ficou horas acompanhando o trabalho do pintor. Sempre regado a uma boa conversa. Ele ficou no maior bate-papo até que chegou uma hora que o assunto se esgotou. Mas a aventura de pintar o muro era tão interessante que ele não queria sair dali. Então ficou pensando, pensando, pensando no que falar. Foi ai que ele teve a grande ideia, um insight. Respirou, engatou a primeira e falou: "Sabe pintor, meu pai tem bunda, minha mãe tem bunda, minha irmã também tem bunda..." E sempre que estamos reunidos, depois de um belo almoço em família, naquele momento em que o assunto dá uma pausa, um lança: "Sabe pintor..."

Desculpa, é de família.

Sim. Sou extremamente distraída. Eu tenho esse problema, quando estou fazendo algo, me concentro naquilo e não adianta me pedirem ou falarem nada. Eu não registro. Não é má vontade. É que eu não registro mesmo. Acho que puxei ao meu avô, Babi. Diz a lenda que, quando meu pai tinha uns 4 anos, meu avô o levou à praia junto com o cachorro. Um pincher chamado Big. O xodó do meu avô. Foram momentos bem tranquilos até a hora em que Big resolveu dar uma volta na praia por conta própria. Saiu correndo e atravessou a rua. Meu avô, desesperado, saiu correndo atrás dele. Quanto mais meu avô corria, mais Big acelerava os passos. Meu avô concentrado em pegar o Big não percebeu que o cachorro estava voltando para casa. Quando chegou no portão, finalmente Big parou. Meu avô o pegou no colo, beijou, agradeceu a Deus por ter conseguido alcançá-lo e tocou a campainha. Minha avó abriu a porta. Esbaforido, ele contou o que tinha acontecido. Minha avó atenta ouviu a história e quando olhou para baixo para falar com o meu pai, cadê ele? Meu avô o esqueceu na praia.

ATENDENDO A PEDIDOS: esse poema inscrevi no Concurso Nacional de poesias em 1994, no Rio de Janeiro. E para a minha surpresa, hoje é um texto do livro de português - Linguagens - 7º ano - William Cereja e e Thereza Cochar Magalhães. Amei!

"O Pássaro e a Pedra"

O pássaro pousou na pedra uma vez

Fria

Intacta

Voou...

O pássaro pousou na pedra outra vez

Morna

Pegou sol

Voou...

O pássaro pousou na pedra outra vez

Pegou sol

Comeu semente

Voou...

O pássaro pousou na pedra outra vez

Pegou sol

Comeu semente

E cantou para a pedra dormir.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Chegou!



Nessa incrível história, rica de lindas e modernas ilustrações, o garoto Tiago ganha uma mochila de presente de aniversário, e sua vida nunca mais será a mesma! Além de poder levar tudo que mais gosta dentro de sua mais nova companheira de aventuras, Tiago vai descobrindo que vida de criança tem de ser leve e gostosa, e não pesada como uma mochila cheia. Assim, o menino aprende que o mais importante é carregar dentro de si a liberdade de poder ser feliz.

Para mais informações, entre em contato com a equipe da Editora Brasiliense!
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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mochilão é que nem cão: a cara do dono.

                                       

Até agora não falamos de um personagem importantíssimo da história: "o Mochilão". Se é um personagem, deveria ter expressões e atitudes. Afinal,  o mochilão é o parceiro do Tiago. Seu amigo confidente, fiel escudeiro. Quase um cachorro. Isso! Precisávamos de um mochilão com alma de um cão.  Então Du e Ana começaram a pesquisar algumas referências de mochilas. Até que chegaram na solução acima. Um mochilão com olhos, boca e, principalmente, com uma cumplicidade canina.